A Ceia

..com a noite a chegar voltaram para a cidade, onde todas as pessoas se recolhiam para cear. Passearam pelo centro da cidade até avistarem uma taverna latina, ai arranjaram uma mesa onde restauraram energias com um bom vinho do sul, acompanhado por estranhas comidas de carnes cruas, e de fios cobertos de saborosos molhos. Estranhos alimentos daqueles povos, mas eram saborosos e revigoravam o corpo e alma. Todos os observavam com curiosidade, eram dois estranhos naquela terra, uma princesa loura do Leste e um cavaleiro moreno do Oeste, a cear numa taverna no centro do mundo. Mas para eles, o mundo era apenas o que lhes ia no coração, nos sentimentos que nutriam um pelo outro...

Passearam

Olharam mais uma vez um para o outro, e sorriram, estavam felizes. O reencontro tinha sido aquilo que esperavam, o retomar de uma cumplicidade que sempre sentiram um com o outro. Foram passear pelos bosques, mas estavam alheios a tudo, só tinham atenção um para o outro, falaram horas seguidas, desfilando recordações e conversas sem fim. Quando deram por eles era noite...

O reencontro....

Ei-la, ao entrar na cidade reparou logo nela, ninguém ficava indiferente à sua presença. Do mais alto dignatário ao mais humilde servo, todos a admiravam, era a Princesa do Leste, filha dos Reis dos Grandes Rios do Oriente.

Ele encaminhou-se na sua direcção, e ela desviou a atenção do guerreiro com quem conversava, para olhar para ele, e sorriu, sorriu com aquele sorriso que só alguns conseguiam entender, um sorriso de menina, um sorriso de mulher, mas que ao ser dirigido ao Cavaleiro, era uma sorriso de cumplicidade, uma cumplicidade que existia entre os dois, desde que se conheceram na primavera anterior, nesta mesma cidade. O Cavaleiro aproximou-se da Princesa e cumprimentaram-se e como que um brilho os envolveu evitando que os presentes vissem o que apenas eles sentiam um pelo outro....

Borboletas no estômago

Que sensação ele sentia ao se aproximar da cidade, pareciam borboletas a esvoaçar no seu estômago. Como ela estaria? Lembrar-se-ia dele ? Iria olhar para ele e sorrir com aquele sorriso quente e feliz de quem ama a vida? Era isso, eram mesmo borboletas a esvoaçar no seu estômago aquilo que o Cavaleiro sentia, mas ao mesmo tempo era um calor a inundar-lhe o seu duro coração de guerreiro.

Uma manha em que chegou a neblina

Era manha, a alvorada raiava e estava na hora de partir, o cavaleiro sentiu algo de estranho como se estivesse a antecipar um momento especial, como que uma tensão nervosa que se acentua até ao climax do momento, do momento do reencontro, o reencontro por que ele ansiou este ultimo ano, o reencontro com a princesa do leste....

Memórias de uma outra primavera

O cavaleiro atravessava as florestas e ao se aproximar da grande cidade lembrou-se da princesa das terras dos grandes rios, que conhecera na primavera anterior, será que ela estaria na cidade, como lhe prometera no ano anterior?

Ansiando pelo reencontro, continuou o seu caminho pois a viagem ainda era longa.

A primavera vai a meio...

Após o rigoroso inverno passado nas terras despidas do Norte, o cavaleiro decidiu aproveitar a chegada da primavera para continuar a sua demanda, ao fim de alguns meses caminhando, chegou às frondosas florestas do centro do continente. Aqui encontro um novo mundo mágico, cheio de elfos, dragões verdes, e outros seres que ele não conhecia. Fadas não encontrou o que o deixou aliviado, pois sente-se sempre incomodado na sua presença...